fonte: A Barraca

(Fotos do ensaio)

A BARRACA estreia no próximo dia 30 de Abril às 21h30 “OBVIAMENTE DEMITO-O!” com texto e encenação de Helder Costa.

“Obviamente demito-o!”. Com esta frase Humberto Delgado criou o cataclismo que anunciou o fim de Salazar. A partir daí Portugal nunca mais foi o mesmo.

A luta difícil e corajosa contra a tirania do sacrifício, do pecado e do martírio, chegou pela mão de jovens capitães no 25 de Abril.

Finalmente o fascismo tinha sido DEMITIDO.


SINOPSE

“Obviamente demito-o!”. Esta foi talvez a frase mais importante do século XX Português. Criou o cataclismo que anunciou o fim do fascismo à Salazar.

E ainda: rebuscando a minha memória, julgo que também foi esta a frase mais teatral dita em Portugal nos últimos 50 anos.

O General Delgado tinha conseguido articular o poder de síntese – a dramaturgia, o momento e local de actuar – a encenação, e tinha compreendido o que iria agradar ao seu público – o povo português.

Tinha estimulado os sentimentos, espalhado a emoção, acendido a esperança.

Apresentava um final convincente para a tragédia nacional, e assumia-se como actor competente. E como actor competente, acabou por ser assassinado na fronteira.

A propósito destes e de outros acontecimentos, e à falta de melhor, costuma-se falar de drama Shakespeariano.

Quando Salazar, gravemente doente, deu a célebre entrevista ao jornalista do “L’Aurore” onde continuava a assumir-se como Presidente do Conselho, falou-se do absurdo de Ionesco, de tragicomédia, de farsa trágica e de outras misturas de géneros teatrais. Para mim, este exemplo máximo de Tartufismo é dificilmente classificável.

Realmente como definir o carácter e a ética dos governantes que sujeitaram Salazar a essa humilhação? Uns sabujos que não tiveram vergonha de diminuir publicamente o homem – involuntariamente diminuído, note-se – por quem rastejaram toda a vida?

Bom, mas isso já é outra história.

Este espectáculo quer demonstrar que o conflito existente entre o ditador Salazar e o general Delgado se resume em linhas gerais à contradição inconciliável entre a procura e felicidade e prazer na vida, ou a ideologia do sacrifício, do pecado e do martírio.

Com as correspondentes lealdade, sinceridade, gosto pelo risco e descoberta do Futuro, contra a hipocrisia, prepotência e conservadorismo passadista.

Termino dizendo que a força de convicção dos seus Destinos os transformou em seres irremediavelmente SÓS. O que lhes confere uma carga dramática excepcional, motivo determinante para termos escrito e realizado esta peça

Hélder Costa

* Frase sem vírgula porque Humberto Delgado proferiu-a de forma violenta e sem pausas (informação preciosa de Iva Delgado)


Ficha Artística e Técnica
Texto, Encenação, Cenografia e Cartaz de Helder Costa

João D’Ávila Humberto Delgado
Maria do Céu GuerraSra. Maria, Cerejeira
Sérgio Moura Afonso – Salazar
Mariana Abrunheiro Arajaryr , Odete, Maria de Jesus
Rita Fernandes Lina, Madalena, Palmira, Christine Garnier, M. Eugénia, Florista
Susana Costa Mariana, Geninha, Susini, jovem estudante
Adérito LopesPadre confessor, Correia de Oliveira, Silva Pais, Skorzeny
Luís ThomarAgrário, António Sérgio, Rosa Casaco, Rogério Paulo
Rui Sá Júlio, Agrário, Arlindo Vicente, Dr. Gusmão, Bisogno, Armando Caldas, Pai, Pide
Sérgio Moras Agrário, Kubitschek, Franco, Barbieri, Abel, Castro e Sousa
Populares, estudantes, manifestantes, “homens sem rosto”

Figurinos: Maria do Céu Guerra
Adereços: Luís Thomar
Concepção Vídeo: Frederico Corado
Execução de Guarda Roupa: Alda Cabrita
Luminotecnia: Fernando Belo e José Carlos Pontes
Sonoplastia: Rui Mamede
Montagem: Mário Dias
Costureira: Inna Siryk
Relações Públicas e Produção: Elsa Lourenço
Assistente de Produção: Inês Aboim e Inês Marques
Secretariado:
Maria Navarro

O espectáculo classificado para M/12 estará em cena de 5ª a sábado às 21h30 e ao Domingo às 16h00
Em cena até 15 de Junho (excepto nos dias 9,10 e 11 de Maio e 7 de Junho).

Bilhetes
12,5 €
Menores 25, Maiores 65, Estudantes, Reformados e Grupos (+ 15 pessoas): 10 €
Quintas – Feiras: 5€ (preço único)

Faça já a sua reserva!

Locais de Venda: Bilheteira da sala; Fnac; Bliss; Abreu; Bulhosa; Worten e www.ticketline.sapo.pt

Para mais informações por favor contacte-nos.

A BARRACA

Largo de Santos, 2
1200-808 Lisboa
T. 213965360/
213965275/ 913341687
F. 213955845
barraca@mail.telepac.pt, producao@abarraca.com

www.abarraca.com

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