Carta anónima com ameaças a José Relvas e à sua família caso não libertasse os presos políticos. José Relvas era, à data de Fevereiro de 1919, Primeiro-ministro.
Nota de João Bonifácio Serra:
Os documentos que aqui são agora divulgados são do curto período em que José Relvas chefiou o Governo, acumulando com a pasta do Interior. Estava-se em Janeiro de 1919, Sidónio Pais tinha sido morto em Dezembro do ano anterior. A situação interna é muito instável. Relvas forma um governo de coligação (partidos republicanos, sidonistas moderados e socialitas) com duas metas: participar nas negociações internacionais sbsequentes ao armistício e apaziguar a situação política interna. Estes objectivos foram bem sucedidos. Mas Relvas queria pôr de pé uma bipolarização da vida política da República, um projecto que acarinhara desde antes da Guerra. Antes do fim de Março, embora tivesse obtido a dissolução do parlamento e a convocação de eleições, verificou que o quadro partidário iria permanecer identico ao que vigorara até 1917, e decidiu demitiu-se.