Ex-operária corticeira, nasceu em Grândola, em 1939. Foi, pela primeira vez presa em Março de 1956, juntamente com Maria Augusta Brito Carrusca, na Baixa da Banheira, tinham as duas 17 anos e eram ambas corticeiras, por terem recolhido assinaturas para aumento e garantia de seis horas de trabalho. Adélia Terruta foi solta em 15 de Maio do ano seguinte. Voltou a ser detida, em 27 de Novembro de 1958, acusada deer funcionária do PCP, desde 1957, a viver na clandestinidade em companhia do membro do CC, Américo Gonçalves de Sousa, «O Russo» e «Abel». Em 9 de Dezembro de 1958, Adélia baixou, sob prisão ao Hospital de Santa Maria, para ter uma criança e, depois, ao ser de novo internada, no ano seguinte, evadiu-se, em 11 de Novembro, do Hospital de Santa Maria. Em 1961, foi condenada à revelia a dois anos e meio de prisão maior e medidas de segurança. Recapturada em 8 de Outubro de 1965, quando vivia na clandestinidade com Avelino Saraiva, «O Lino», foi remetida a tribunal mas libertada em Novembro do ano seguinte. Após sair da cadeia, foi referenciada pela PIDE, a viver na Baixa da Banheira, em 1968. Em 1970, Adélia Terruta emigrou para os EUA, onde fixou residência, casou com um norte-americano e teve um filho.