Um artigo de António Valdemar intitulado “Santos Simões: memória viva” no Diário de Notícias de 25 de Setembro de 2003, refere-se a sua actividade na oposição:

Entre os sobreviventes desse tempo de luta destaca-se Joaquim Santos Simões, memória viva (e incómoda) de empenhamento cívico e cultural primeiro em Coimbra e desde 1957 em Guimarães e na restante área do distrito de Braga. Custou-lhe prisões na PIDE, livros apreendidos pela PIDE, expulsão da função pública.

Apesar de tudo e conjuntamente com o exercício profissional do ensino de matemáticas, desenvolveu (embora limitado aos condicionalismos impostos no salazarismo) notável acção no Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC), como director, encenador , ensaiador e actor; no Cine-Clube de Guimarães, no Grupo Musical Ritmo Louco, na instalação duma Biblioteca Gulbenkian, em Guimarães; na criação e direcção ao longo de 36 anos do Teatro de Ensaio Raul Brandão e de 1990 até hoje, em sucessivas reeleições, na presidência da Sociedade Martins Sarmento. Parte do muito do que realizou encontra-se em dois livros da sua autoria: Sete Anos de Luta contra o Fascismo _ Academia de Coimbra 1944-1951; e Braga, Grito da Liberdade _ História Possível de Meio Século de Resistência.
Constituem o depoimento singular de uma personalidade não menos singular que, nas últimas décadas, ocupa lugar de significativa evidência, que merece ser distinguida numa homenagem regional e nacional. Constitui, também, um exemplo a seguir por outras figuras ainda vivas que deveriam registar testemunhos e recolher e publicar documentos que correm o risco de se perder. E a História faz-se com o auxílio destes elementos imprescindíveis.”

One comment

  1. SM

    Sabia que seu nome vai ser proposto para patrono de uma nova escola, em Guimarães? E agora?

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