Natural de Vale do Vargo, concelho de Serpa, era casada com José Lobato Pulquério, com quem esteve, na semi-clandestinidade desde 1957 e na clandestinidade desde 1960, ocupando-se de uma casa clandestina-tipografia do Avante! Foi presa, pela primeira vez, com o marido e uma filha de 14 anos, na Damaia, em 20 de Agosto de 1968, no mesmo dia em que foram presos Rosalina Labaredas e Francisco Canais Rocha. Torturada, foi, depois, enviada para Caxias, onde esteve seis meses sem ser julgada. Foi condenada, em 6 de Março de 1969, a dois anos no primeiro julgamento, mas, como tinha BI falso, foi novamente julgada e sentenciada a mais dois anos, sendo sentenciada, em cúmulo jurídico, a uma pena de quatro anos e três meses. Segundo contou, ficou muito mal, quis matar-se, puseram-na maluca e foi parar ao Hospital de Miguel Bombarda, em 17 de Junho de 1972. No entanto, apenas foi solta condicionalmente, em 20 de Novembro desse ano.