«(…) Na música menor forma-se uma série de símbolos que acabam por significar determinadas coisas. A simbologia funciona como uma linguagem comum: uma certa melancolia, um lamento, a raiva… É aí que as pessoas ainda encontram uma linguagem que pode ligar várias gerações», responde Paredes ao JL em 1981, quando António Duarte lhe pergunta como foi possível exprimir a revolta contra o Fascismo através da guitarra. Uma das gerações de que Paredes fala na resposta dada é aquela de que o próprio fez parte a geração anti-fascista.
Carlos Paredes foi preso pela PIDE a 26 de Setembro de 1958 «para averiguações», e por causa da sua ligação ao Partido Comunista esteve detido no Aljube e na prisão de Caxias. Só saíu em liberdade no dia 21 de Dezembro de 1959, quinze meses depois de ter sido feito prisioneiro do sistema. Durante esse tempo compôs mentalmente e tocou uma guitarra invisível.
Em 1960 foi expulso da função pública, sendo que a reintegração no Hospital de São José só aconteceu no pós-25 de Abril.”
JESCOSTA
“Desculpem a minha ignorancia, mas alguém me pode explicar a prisão de Carlos paredes?”
Esta pergunta, efectuada antes de mim por “zzz”, define, claramente definido – como diria Camões – o regime que lhe colocou grilhetas nas mãos, para que ele não pudesse continuar a gritar, com a guitarra, LIBERDADE!
Desculpem a minha ignorancia, mas alguém me pode explicar a prisão de Carlos paredes?
No endereço
http://www.cotonete.iol.pt/quiosque/destaques/carlosparedes/guitarra.asp
pode-se ler o seguinte:
“UMA GUITARRA ANTI-FASCISTA
«(…) Na música menor forma-se uma série de símbolos que acabam por significar determinadas coisas. A simbologia funciona como uma linguagem comum: uma certa melancolia, um lamento, a raiva… É aí que as pessoas ainda encontram uma linguagem que pode ligar várias gerações», responde Paredes ao JL em 1981, quando António Duarte lhe pergunta como foi possível exprimir a revolta contra o Fascismo através da guitarra. Uma das gerações de que Paredes fala na resposta dada é aquela de que o próprio fez parte a geração anti-fascista.
Carlos Paredes foi preso pela PIDE a 26 de Setembro de 1958 «para averiguações», e por causa da sua ligação ao Partido Comunista esteve detido no Aljube e na prisão de Caxias. Só saíu em liberdade no dia 21 de Dezembro de 1959, quinze meses depois de ter sido feito prisioneiro do sistema. Durante esse tempo compôs mentalmente e tocou uma guitarra invisível.
Em 1960 foi expulso da função pública, sendo que a reintegração no Hospital de São José só aconteceu no pós-25 de Abril.”
“Desculpem a minha ignorancia, mas alguém me pode explicar a prisão de Carlos paredes?”
Esta pergunta, efectuada antes de mim por “zzz”, define, claramente definido – como diria Camões – o regime que lhe colocou grilhetas nas mãos, para que ele não pudesse continuar a gritar, com a guitarra, LIBERDADE!
OBRIGADO