Operário da CUF e da FISIPE, pintor autodidata. Tinha a 4ª classe, mas começou a trabalhar no têxtil da CUF, passando posteriormente aos escritórios. Mais tarde porque no escritório via certas extravagâncias com as quais não podia conviver, passou de novo aos tecidos. A partir dos anos setenta começou a pintar, centrando os seus quadros nas imagens do Barreiro, das suas ruas e edifícios.
Iniciou a sua militância comunista no Comité Local das Juventudes Comunistas na primeira metade dos anos trinta. Na data da sua morte era o militante do PCP mais antigo do Barreiro.
Fontes:
Em anexo reproduz-se a notícia de Miguel de Sousa, «Faleceu Belmiro Ferreira», Jornal do Barreiro, 30/4/2004
«Faleceu Belmiro Ferreira
Aos 92 anos, acaba de falecer o conhecido Belmiro Ferreira. Este antigo funcionário da CUF, que se reformou no posto de Encarregado na Zona Têxtil, atingiu grande notoriedade pelo seu talento de pintor da memória do Barreiro.
O que tem mais graça é que Belmiro só começou a pintar a cores aos 76 anos de idade, por estímulo insistente de Augusto Cabrita, seu grande amigo, que o foi sempre acarinhando e acabou por lhe promover uma curiosíssima exposição, dotada de um bom catálogo, editado pela Câmara Municipal do Barreiro, que posteriormente viria a adquirir grande número das suas obras.
Belmiro Ferreira dedicou-se, durante vários anos a pintar o Barreiro do seu tempo de juventude. Dotado de uma impressionante memória fotográfica e de um agudo sentido da cor pura, realizou cerca de 70 quadros, em estilo considerado “naif”, retratando fielmente a configuração do Barreiro desses tempos.
Este valioso património encontra-se actualmente, na sua maioria, nas Reservas Museológicas Municipais, aguardando-se que um dia possam vir a ser patentes a público, que poderá apreciar a minúcia e o detalhe das suas reconstituições do passado.
Belmiro Ferreira passou os últimos anos da sua vida na Santa Casa da Misericórdia do Barreiro, onde por vezes conversámos com ele, recordando a aventura das suas pinturas, mas também os seus tempos de trompetista na Banda ds Penicheiros, em que foi um exímio executante, dotado de impressionante “swing”, fazendo por vezes dueto com Augusto Cabrita, que o acompanhava ao piano, em momentos que nenhum deles esqueceu, e muito menos quem os ouviu.
O Barreiro perdeu um dos seus vultos mais curiosos, mas fica-nos a sua obra artística, que constitui um contributo importante para a Memória da Cidade.»
Interessante:)
albertovelasquez.blogspot.com
vc já leu Pierre Joseph Proudhon ?? Tem a ver com as coisas q vc fala aqui…pq o “abrupto” não tem coment’s??