Embora nunca tenha realizado actividades políticas em seu próprio nome, controlava um grupo de activistas estudantis na Faculdade de Medicina que iniciou a publicação em 1971 do jornal Crítica . Este jornal e o grupo estudantil que se veio a constituir à sua volta estiveram na origem de uma tendência associativa (“Por um ensino ao serviço do povo”) que representava a face legal da UEC(m-l).
A Célula Comuna de Paris surgiu no processo de organização clandestina crescente nos meios estudantis do Porto em 1970-1, que deu igualmente origem a O Grito do Povo . Por isso desde o início as suas actividades confundiram se, embora mais tarde os dois grupos se separassem. As principais divergências entre os dois grupos tinham a ver com a apreciação do papel do movimento associativo , defendendo a Célula Comuna de Paris a participação nas associações de estudantes, que O Grito do Povo considerava “reformista”.
A Célula Comuna de Paris dissolveu se em finais de 1971, tendo dois dos seus membros ( José Oliveira e José Teixeira Gomes ) integrado O Grito do Povo e José Pacheco Pereira o PCP(m-l)
Fontes/Bibliografia :
Para um Movimento Estudantil e Sindical de Massas, (síntese das discussôes), manuscrito inédito
O Trabalho no Sector Estudantil , manuscrito inédito
Autocrítica de Z e W , (documento de demissâo de J. Oliveira e J. Teixeira Gomes ), manuscrito inédito
A Questâo das Divergências (Documento de trabalho nº 1),s.l. (Porto), s.d. (1971) (autoria de José Pacheco Pereira)
Seria interessante consultar neste site os “manuscritos inéditos” aqui referidos. Não existe nenhuma possibilidade de colocar aqui esses manuscritos em pdf ou um hyperlink para outro site que os disponibilizasse?
Subscrevo o comentário anterior.
Subscrevo o comentário anterior e permita-me sugerir, para quando um trabalho sobre a história da extrema-esquerda, no PORTO, nos finais dos anos 70 ?