Centro de História da Universidade de Lisboa – Colóquio
Estaline em Portugal
21 e 22 de Novembro de 2003-09-11 Faculdade de Letras de Lisboa, Anfiteatro II
Quem poderia supor que aquele georgiano, nascido a 21 de Dezembro de 1879 em Gori, filho de um sapateiro, que entrou em 1888 para o seminário de Tiflis – expulso no ano seguinte – seria uma das figuras mais controversas do século XX? Joseph Vissarionovitch Djugashvilli era este o seu nome verdadeiro tornar-se-á conhecido com o nome de guerra de Estaline.
Sucessor de Lenine, dirigirá a URSS até à sua morte, a 5 de Março de 1953. Com o seu desaparecimento terminou uma época para a URSS e para o mundo. Raros políticos terão suscitado sentimentos tão desencontrados. Idolatrado por milhões, chamaram-lhe «pai dos povos» e «guia dos trabalhadores de todo o mundo». Construiu, sem olhar a meios, uma grande potência à escala mundial. Poetas, escritores e pintores dedicaram-lhe obras que ficaram célebres. Para outros, Estaline foi um homem ambicioso que não olhou a meios para atingir os fins, eliminando impiedosamente os adversários, aliando-se com Hitler, numa espiral de crueldade que só foi denunciada publicamente durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética. Libertador dos oprimidos. Czar vermelho. Homem de aço. Monstro. Amado. Odiado. É, certamente, uma figura aliciante para o historiador…
O Centro de História da Universidade de Lisboa vai realizar um colóquio, nos próximos dias 21 e 22 de Novembro do corrente ano de 2003, quando se assinalam os 50 anos da morte de José Estaline. Nele participarão especialistas de diversas áreas e formações, constituindo um leque plural, com o objectivo de reflectir sobre as repercussões em Portugal de José Estaline o homem, o mito, o político nos mais diversos campos.
Informações:
Centro de História da Universidade de Lisboa
Alameda da Universidade 1600-214 Lisboa
centro.historia@mail.fl.ul.pt
antonioventura@mail.telepac.pt
As sessões realizam-se no Anfiteatro III da Faculdade de
Letras de Lisboa (Edifício Novo).
A entrada é livre.
Programa
21 de Novembro de 2003
9.15
Intervenções iniciais
João Medina, Director do Centro de História da Universidade de
Lisboa
António Ventura, responsável pelo Colóquio
9.30 – Estaline – «mais que Deus!»
(culto e influência de Estaline em Portugal).
José Pacheco Pereira
Historiador, Deputado ao Parlamento Europeu
10.15 – A argumentação anarquista contra o estalinismo
João Freire
Instituto Superior do Trabalho e da Empresa
11.00 – 11.15 Pausa
11.15 – A matriz de Estaline nas reorganizações do PCP
João Madeira
Doutorando da FCSH/UNL
12.00 – Debate
15.00 – Estaline e o estalinismo no movimento comunista em
Portugal após o XX Congresso do PCUS (1956-1974) uma
visão de conjunto
Fernando Rosas
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Universidade
Nova de Lisboa
15.45 – A pedra de toque: Estaline no pós-25 de Abril
António Ventura
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
16. 30 – 16.45 – Pausa
16. 45- Os operários não têm Pátria. A Nação de Estaline a
Cunhal
José Neves
Doutorando do ISCTE
17. 30 – Debate
Sessão de Abertura
1ª Sessão
2ª Sessão
22 de Novembro de 2003
3ª Sessão
9.30 – Reflexos do estalinismo nas Artes Plásticas em Portugal
Rui Mário Gonçalves
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
10.15 – Um estalinismo de sinal menos
Alberto Vilaça
Advogado e Investigador
11.30 – 11.45 – Pausa
11.45 – A Arte como Cultura: a «engenharia de almas».
António Pedro Pita
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
12.30 – Debate
12.45 – Sessão de encerramento
Exorcisar Stalin e analisar os seus prós e contras estava mais que na hora!!!!
Parabéns.
Maria João Duarte